Geleiras do Himalaia
diminuíram até 22% em 30 anos
GELEIRAS - Relatórios de instituto apontam que redução ocorreu no Nepal e no Butão. Derretimento se acelerou entre 2002 e 2005 em dez geleiras avaliadas. - Foto: Elias Luiz |
Novos estudos científicos sobre o derretimento das geleiras do Himalaia revelam o impacto das mudanças climáticas nesta região e a ameaça que pesa sobre 1,3 bilhão de habitantes.
Segundo os estudos publicados em três relatórios do Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado das Montanhas (ICIMOD), com base em Katmandu, as geleiras diminuíram 21% no Nepal e 22% no Butão nos últimos 30 anos.
Estas descobertas seriam a primeira confirmação oficial sobre o derretimento das geleiras, após várias declarações empíricas. Elas corrigem também um anúncio errado do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) que afirmou em seu 4º relatório em 2007 que as geleiras do Himalaia derretiam mais rápido do que as outras do mundo e "poderiam desaparecer até 2035, ou antes".
O IPCC afirmou que foi "um lamentável erro" provocado por "procedimentos que não foram devidamente acompanhados".
Apoiados pelo projeto de pesquisa financiado pela Suécia e realizado pela ICIMOD durante três anos, os especialistas descobriram que as dez geleiras observadas estão em processo de derretimento em uma velocidade que acelerou entre 2002 e 2005.
Redução significativa
De acordo com os resultados de um outro estudo, o volume de neve que cobre a região diminuiu de maneira significativa nos últimos 10 anos. "Estes relatórios fornecem um novo ponto de comparação e informações sobre as zonas geográficas específicas para compreender a mudança climática em um dos ecossistemas mais vulneráveis do mundo", comentou o presidente do IPCC, o indiano Rajendra Pachauri.
As 54.000 geleiras do Himalaia alimentam com água os oito maiores rios da Ásia, entre eles - Indus, Ganges, Brahmaputra, Yangtze e Rio Amarelo - suscetíveis de serem afetados pelo stress hídrico nas próximas décadas, com potenciais consequências para os 1,3 bilhão de pessoas.
Segundo os estudos publicados em três relatórios do Centro Internacional para o Desenvolvimento Integrado das Montanhas (ICIMOD), com base em Katmandu, as geleiras diminuíram 21% no Nepal e 22% no Butão nos últimos 30 anos.
Estas descobertas seriam a primeira confirmação oficial sobre o derretimento das geleiras, após várias declarações empíricas. Elas corrigem também um anúncio errado do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) que afirmou em seu 4º relatório em 2007 que as geleiras do Himalaia derretiam mais rápido do que as outras do mundo e "poderiam desaparecer até 2035, ou antes".
O IPCC afirmou que foi "um lamentável erro" provocado por "procedimentos que não foram devidamente acompanhados".
Apoiados pelo projeto de pesquisa financiado pela Suécia e realizado pela ICIMOD durante três anos, os especialistas descobriram que as dez geleiras observadas estão em processo de derretimento em uma velocidade que acelerou entre 2002 e 2005.
Redução significativa
De acordo com os resultados de um outro estudo, o volume de neve que cobre a região diminuiu de maneira significativa nos últimos 10 anos. "Estes relatórios fornecem um novo ponto de comparação e informações sobre as zonas geográficas específicas para compreender a mudança climática em um dos ecossistemas mais vulneráveis do mundo", comentou o presidente do IPCC, o indiano Rajendra Pachauri.
As 54.000 geleiras do Himalaia alimentam com água os oito maiores rios da Ásia, entre eles - Indus, Ganges, Brahmaputra, Yangtze e Rio Amarelo - suscetíveis de serem afetados pelo stress hídrico nas próximas décadas, com potenciais consequências para os 1,3 bilhão de pessoas.
30/11/2011 - 17h48 | William Maia | Redação
Mark Twain: Há 111 anos, escritor criticava intervenção dos EUA em outros países
"Nunca tivemos a intenção de libertar os filipinos. Fomos até lá para conquistar, não para salvar".
Nesta quarta-feira (30/11), o Google homenageou o escritor norte-americano Mark Twain, autor do clássico “As Aventuras de Tom Sawyer”, que hoje completaria 176 anos se estivesse vivo. O que nem todos sabem ou se lembram é que Mark Twain foi também um agitador cultural e político. Na virada do século XX, o escritor criticava duramente a entrada dos Estados Unidos na corrida imperialista, passando a interferir em conflitos de outros países.
Mais de um século depois, o governo norte-americano se vê perdido em frontes distantes como o Afeganistão e o Iraque, além de ter amargado uma derrota histórica na guerra do Vietnã. Na época, o alvo eram países como China e Filipinas.“Nos enfiamos numa confusão, num lamaçal de onde, a cada passo, torna-se imensamente mais difícil sair. Gostaria muito de nos ver saindo de lá e de tudo o que aquilo significa para nós como nação”, dizia Twain sobre a guerra com as Filipinas.
Isso lembra algum conflito atual?
A seguir, leia discursos da campanha antiimperialista de Mark Twain, publicados em jornais da época e reunidos no livro “Patriotas e Traidores”, da editora Perseu Abramo.
"Apresento aos senhores esta majestosa senhora chamada cristandade – que volta encharcada, enlameada e desonrada dos ataques piratas a Kiao Chow, Manchúria, África do Sul e Filipinas; tem a alma cheia de maldade, o bolso carregado de espólios e a boca cheia de pia hipocrisia. Dêem-lhe sabão e toalha, mas escondam o espelho.
Dêem-lhe o espelho; talvez ela negue a mentira.
Ao se ver como os outros a vêem."
31 de dezembro de 1900.
"Você me pergunta sobre o assim chamado imperialismo. Bem, tenho opinião formada sobre esta questão. Estou em desvantagem por não saber se nosso povo apóia ou condena a ocupação por nós de toda a face do globo. Se apóia, isso me entristece, pois não acho sábio nem necessário.
Quanto à China, aprovo a ação do nosso governo de se livrar daquela complicação. Está se retirando depois de fazer o que ela queria. Está certo. Nada mais temos a tratar na China, assim como nada temos em qualquer outro país que não o nosso. Há também o problema das Filipinas. Tentei muito e, ainda assim, por mais que pense, não consigo entender como fomos nos envolver naquela confusão.
Talvez fosse impossível não entrar – talvez fosse inevitável que tivéssemos de lutar contra os nativos daquelas ilhas –, mas não consigo entender, e nunca consegui chegar à origem de nosso antagonismo contra os nativos. Na minha pinião, devíamos agir como seus protetores – jamais oprimi-los sob nosso tacão.
Cabia a nós livrá-los da tirania espanhola, permitir que organizassem seu próprio governo e esperar que ele estivesse pronto para ser avaliado. Não deveria ser um governo ajustado às nossas idéias, mas um governo que representasse os sentimentos da maioria dos filipinos, um governo de acordo com as idéias filipinas.
Essa teria sido uma missão digna dos Estados Unidos. Mas agora... Ora, nos enfiamos numa confusão, num lamaçal de onde, a cada passo, torna-se imensamente mais difícil sair. Gostaria muito de nos ver saindo de lá e de tudo o que aquilo significa para nós como nação".
[New York World (Despacho de Londres, 6 de outubro de 1900]
"Quando parti destas terras, em Vancouver, era um ardente imperialista. Queria ver a águia americana sair voando sobre o Pacífico. Ela me parecia cansada e domesticada, satisfeita apenas com as Rochosas. Por que não abrir as asas sobre as Filipinas, eu me perguntava. E me dizia que seria muito bom.
Eu dizia com meus botões, aqui está um povo que sofre há 300 anos. Temos capacidade de torná-los livres como nós, dar-lhes um governo e um país que sejam só seus, colocar uma miniatura da Constituição americana a flutuar no Pacífico, fundar uma república absolutamente nova que há de tomar seu lugar entre as nações livres do mundo. Pareceu-me grandiosa a tarefa que nos havíamos imposto.
Mas repensei muito desde então, li com todo cuidado o Tratado de Paris, e vi que nunca tivemos a intenção de libertar, mas a de subjugar aquele povo. Fomos até lá para conquistar, não para salvar.
Também comprometemos a força desta nação em manter e proteger o sistema abominável estabelecido pela Igreja Católica nas Filipinas.
Parece-me que nosso prazer e dever seria tornar livres aquelas pessoas e deixar que elas próprias resolvessem sozinhas as suas questões internas. E é por isso que sou antiimperialista. Eu me recuso a aceitar que a águia crave suas garras em outras terras."
[New York Herald (Nova York, 15 de outubro de 1900]Mas repensei muito desde então, li com todo cuidado o Tratado de Paris, e vi que nunca tivemos a intenção de libertar, mas a de subjugar aquele povo. Fomos até lá para conquistar, não para salvar.
Também comprometemos a força desta nação em manter e proteger o sistema abominável estabelecido pela Igreja Católica nas Filipinas.
Parece-me que nosso prazer e dever seria tornar livres aquelas pessoas e deixar que elas próprias resolvessem sozinhas as suas questões internas. E é por isso que sou antiimperialista. Eu me recuso a aceitar que a águia crave suas garras em outras terras."
ENSINO MÉDIO
Fabrício Vieira de Moraes
Muito se reclama da mão pesada dos vestibulares sobre o Ensino Médio. O programa dos exames universitários impõe, em grande medida, o conjunto de conteúdos curriculares das escolas básicas, fazendo com que o currículo se torne inchado e pouco arejado. No caso da Fuvest, por exemplo, cada um dos institutos da Universidade de São Paulo (USP) se reúne anualmente para elencar os temas que devem ser contemplados nos exames, sem levar em conta o papel da escola e do Ensino Médio, em particular, na formação do aluno como um todo – e não apenas no preparo para o vestibular.Isso já seria problemático se estivéssemos pensando apenas na USP. Cada universidade pública faz o mesmo, em um efeito cascata que desaba sobre o programa curricular das escolas. Essa influência é bastante conhecida dos educadores. De resolução complexa, justificou o surgimento do advento do Enem e a recente reforma do Ensino Médio proposta pelo Conselho Nacional de Educação. É uma discussão em aberto, que provavelmente trará bons frutos.Não é esse, porém, o tema deste artigo. Queremos tratar de um efeito positivo dos vestibulares sobre as escolas, que vem ficando cada vez mais radicalizado. É a questão do foco nas questões da atualidade.Há algum tempo, atualidades eram aqueles assuntos ocorridos ao longo dos últimos anos, quando a massa principal dos conhecimentos transmitidos nas salas de aula tinha décadas ou séculos de existência. Muitas vezes eram tendências genéricas, como a preocupação ambiental ou o esfacelamento do comunismo. Os próprios livros didáticos eram capazes de acompanhar uma ou outra mudança, e era atual um texto que chegasse pelo menos aos anos 1980.Isso mudou muito. Em um mundo caracterizado pela inédita velocidade das transformações, o tema “Atualidades” agora se refere a acontecimentos de importância nacional ou planetária que podem ter acontecido há poucas semanas. O mundo não se move mais como lentas jogadas de xadrez. Está mais para uma partida de tênis de mesa, e tirar os olhos da bolinha pode levar ao fim da partida.Por isso, escolas e alunos que se preparam para os vestibulares de 2011, acautelai-vos, como diriam os antigos. Os livros didáticos não dão conta da velocidade das mudanças e é o professor que deve estar atento para fazer de sua aula um espaço para a discussão do novo. Questão nuclear, mudanças climáticas, terremotos, redes sociais, código florestal, crise financeira mundial, revoluções no mundo islâmico – enfim, os assuntos estampados nas manchetes dos jornais mais recentes estão na ordem do dia.Mais do que isso: não serão cobrados nos exames como fatos estanques, que requerem só boa memória. Os acontecimentos da atualidade entram nos vestibulares como ingredientes de raciocínios cada vez mais complexos e análises cada vez mais críticas. Como os fatos se juntam? Como os conhecimentos aprendidos na escola podem nos ajudar a compreendê-los? A que passado respondem e em que direção apontam? Ou ainda além: como o aluno desenvolve um ponto de vista e de que lado esse ponto de vista o posiciona nas discussões que envolvem toda a sociedade?Como se vê, tratar de atualidades não é apenas incluir mais um capítulo na lista de conteúdos. É reorientar o pensamento pedagógico da escola e a estratégia das aulas. Essa perspectiva se cruza diretamente com outro desafio da educação contemporânea: tornar o ensino mais significativo.Muitas vezes, pela forma como os temas são trabalhados em sala, os alunos são induzidos a pensar, por exemplo, que aprender matemática e ciências é necessário apenas para aqueles que serão pesquisadores ou seguirão carreiras nas áreas de exatas e de tecnologia. A realidade é muito diferente: o pensamento lógico e científico é necessário para o exercício da cidadania, para se ler uma bula de remédio, para entender questões ambientais que afetam o futuro, para compreender o noticiário.Assim, o foco no entendimento das questões da atualidade é uma oportunidade excelente para que nossas escolas mostrem aos alunos que boa parte do que aprendem não é para satisfazer os examinadores, mas para que sejam homens e mulheres de seu tempo, com maiores chances de se realizarem e transformarem o mundo.Por isso, esse movimento reforçado pelo Enem e presente nos melhores vestibulares do país é muito salutar. Está mais do que na hora de nós, educadores, deixarmos de formar jovens que olham apenas para o passado. É necessário torná-los aptos a compreender este presente tão complexo, para que sejam capazes de mudar nosso futuro.(*) Fabrício Vieira de Moraes é coordenador pedagógico da Divisão de Sistemas de Ensino da Editora Saraiva (www.sejaetico.com.br / www.souagora.com.br)
Sem miséria, mas com floresta
Com uma faixa e uma muda de Açaí, ativistas do Greenpeace mandam recado para Dilma Rousseff durante lançamento de programa contra a pobreza, em Manaus.
Ao deixar a cerimônia no Teatro Amazonas, Dilma passou de carro pela faixa estendida pelo Greenpeace. Foto: © Greenpeace/Rodrigo Baleia
O palco estava armado: com a presença de governadores do Norte, a presidente Dilma Rousseff chegou a Manaus para lançar seu programa de combate à pobreza, o Brasil Sem Miséria. O Greenpeace foi atrás e, diante do Teatro Amazonas, cartão postal da cidade e palco da reunião de Dilma com os governadores, ativistas abriram uma faixa: “Dilma, Brasil sem miséria é Brasil com floresta”. Ao passar por eles, Dilma fez um aceno. Captou a mensagem. Eles também tentaram entregar uma muda de Açaí com a mensagem: “Presidenta Dilma, Vou ficar muito bem no jardim do Alvorada. A senhora sabe que sou importante para as populações da Amazônia. Cuide de mim, pois ando preocupado com esse novo Código Florestal. Cordial abraço, Açaí”.
A ação aconteceu num contexto em que as taxas de desmatamento na Amazônia voltaram a subir e que o Congresso discute um projeto de lei que pode derrubar o Código Florestal – uma lei com mais de 70 anos de tradição. Tudo isso a menos de um ano para o Brasil sediar a Rio + 20, o mais importante evento climático do mundo.
Parlamentares que estiveram na cerimônia também foram alvo de recado do Greenpeace. Foto: © Greenpeace/Rodrigo Baleia
“O projeto do novo Código foi aprovado na Câmara debaixo de inúmeras críticas da ciência, da agricultura familiar e da sociedade civil. Agora, no Senado, a história está se repetindo e o governo continua omisso”, diz Rafael Cruz, da Campanha Amazônia do Greenpeace. “A presidente Dilma precisa desligar a motosserra no Congresso, pois para eliminar a pobreza precisamos manter de pé nossas florestas, que são a maior riqueza do país, que abriga uma parcela importante da população pobre do Brasil e que impulsiona nossa agricultura.”.
Após consecutivos anos de queda, os índices de desmatamento voltaram a subir no primeiro ano de gestão de Dilma. Em 2009, durante a Conferência do Clima em Copenhague (Cop-15), ela própria, então como ministra da Casa Civil, prometeu mundialmente que o Brasil reduziria suas emissões de CO2, que vêm predominantemente das derrubadas.
“O modelo de produção brasileiro ainda é predatório. Enquanto as outras nações recuperam suas florestas para poder continuar produzindo, estamos acabando com as nossas”, observa Cruz. “E isso não significa riqueza: mesmo com quase 18% de suas matas derrubadas, a Amazônia ainda permanece com baixíssimos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), especialmente em municípios onde a destruição florestal ocorre mais fortemente”
Fonte - Ativistas do Greenpeace
Quinta-feira, Setembro 28, 2011
Parlamentares que estiveram na cerimônia também foram alvo de recado do Greenpeace.
Foto: © Greenpeace/Rodrigo Baleia
Ao deixar a cerimônia no Teatro Amazonas, Dilma passou de carro pela faixa estendida pelo Greenpeace.
Deixem as baleias namorarem
Entre os frequentadores mais ilustres de Abrolhos estão as baleias jubarte que, vindas da Antártida, todos os meses de julho e agosto, usam as suas águas límpidas, como temperatura média de 24 graus, como uma espécie de suíte nupcial e berçário. É lá que elas se reproduzem e amamentam seus filhotes.
Esse ciclo reprodutivo das jubarte está em rota de risco desde que Abrolhos entrou na alça de mira da indústria do petróleo. O governo já licitou para dez empresas 13 blocos de exploração na região. Um acidente como o do Golfo do México pode ser fatal para a natureza e colocar fim ao turismo e a pesca na região, atividades responsáveis pela sobrevivência de mais de 80 mil pessoas.
É por isso que o Greenpeace Brasil pede ao governo e às empresas uma moratória de 20 anos na exploração de gás e petróleo em Abrolhos. Se você também acha que Abrolhos, pela sua importância como bem natural do país, deve ficar fora dos planos de exploração de petróleo, participe do abaixo-assinado. Ele será entregue aos principais dirigentes das empresas petrolíferas e representantes do governo.
Parque eólico quase pronto na Bahia
20 a 23 de outubro - Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) - São José dos Campos/SP
Fundada em 1996 com o apoio da Fundação Cultural Prof Mota, a AAMM tem peças expostas no Museu de Geologia do Estado da Bahia, na CBPM - Companhia Bahiana de Pesquisa Mineral, na LEGEP Minerações, além de peças que hoje estão em países como, Holanda, Alemanha, Japão e Romênia.
Apesar da AAMM ser reconhecida como uma associação de utilidade pública municipal e estadual, a instituição não recebe qualquer subsídio do governo para arcar com suas despesas. Segundo Robério Defensor, atual vice-presidente da AAMM, o foco inicial é conseguir recursos para: Realizar uma restauração interna e externa no galpão onde são confeccionadas as peças; conserto dos equipamentos danificados no uso prolongado; compra de matéria prima para execução de novos trabalho e, finalmente, a confecção de camisetas com a logomarca da associação para os artesãos.
A idéia da AAMM é fazer um levantamento de preços para sanar os problemas diagnosticados e após isto, firmar uma parceria com o comércio local, fornecendo uma quantidade de pequenas peças aos parceiros, que poderiam utilizá-las como brindes. Caso a ação da AAMM não surta efeito, a associação corre o risco de fechar suas portas.
AAMM - Associação dos Artesãos Minerais de Macaúbas
Av. Prof. Ático Villas Boas da Mota, 21 - Macaúbas / BA Fone: (77) 9976-1772 ou 8813-48711 com Robério Defensor
No final de novembro, o primeiro parque eólico da Bahia, instalado em Brotas de Macaúbas, na Chapada Diamantina, vai entrar em operação. A estrutura principal já está montada e resta apenas a conclusão da subestação, que vai levar a energia à rede nacional.
Cada um dos 57 cata-ventos gigantes que formam o parque tem 80 metros de altura. Eles vão aproveitar a força dos ventos e produzir eletricidade suficiente para abastecer uma cidade maior do que Vitória da Conquista.
No local onde está instalado o parque, no alto da Serra da Mangabeira, o vento tem velocidade média de 25 km/h . O engenheiro Eduardo Bottacin afirma que, para começar a produzir energia, o aerogerador precisa de vento de pelo menos 11 km/h .
“O potencial de geração aqui é de 90 megawatts. Esta é uma das melhores áreas do estado”. Com a entrada em operação do primeiro parque eólico, o estado se prepara para instalar outros 51. No país, a Bahia lidera o número de projetos neste setor.
A previsão é de que 18 novos empreendimentos entrem em operação até o final de 2012 e formem o principal polo eólico do Brasil. Além dos parques, o estado começa a receber fábricas de torres e aerogeradores.
A Gamesa, espanhola especializada na construção de turbinas geradoras, já inaugurou uma unidade em Camaçari, e a francesa Alston inaugura outra até o final deste ano.
Marcelo Furtado, diretor executivo do Greenpeace (primeiro plano) explica a importância do licenciamento do primeiro parque eólico da Bahia em Caetité. A cidade, que tem como principal atividade hoje a mineração do urânio, teve parte de sua água contaminadada pelo material radioativo, conforme denúncia feita pelo Greenpeace.
Energia elétrica limpa na Antártica
Caminhão com o Navio Ary Rongel ao fundo
Acordo entre Petrobras, Vale Soluções Energia e Marinha tornará o Brasil o primeiro país do mundo a utilizar biocombustível para produção de energia na Antártica. A companhia reforça, com mais essa iniciativa, sua atuação de vanguarda no uso de etanol para produção de energia elétrica. A Petrobras fornecerá os 350 mil litros de etanol necessários à operação e validará a utilização do etanol em condições de baixa temperatura. A operação de embarque dos equipamentos e tanques de etanol está sendo realizada e o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel, da Marinha do Brasil, parte neste domingo (9/10) para Antártica.
FEIRA LITERÁRIA MOVIMENTA DIA DAS CRIANÇAS EM RONDONÓPOLIS
Atividades incluem passeio, contação de histórias e doação de livros infantis
A Fundação Bunge, por meio do programa de voluntariado Comunidade Educativa e a Escola Municipal Tancredo de Almeida Neves, realizarão no próximo dia 13 de outubro, em Rondonópolis (MT), a Feira Literária, um evento que pretende alinhar a importância da leitura e da escrita na formação dos estudantes.
O evento, que também será uma comemoração ao Dia das Crianças, reunirá alunos para uma programação especial: uma visita à Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), juntamente com voluntários e professores para conhecer os baruceiros existentes no campus e fazer desenhos de observação. O Baruceiro foi a árvore escolhida por voluntários, professores e alunos para ser estudada do ponto de vista econômico, social, cultural e ambiental, dentro da proposta de trabalho do Comunidade Educativa este ano.
As atividades incluem ainda brincadeiras como adivinhas, músicas e contação de histórias. Após o passeio, na volta à escola, será servido lanche aos alunos e os voluntários do Comunidade Educativa entregarão livros infantis, doados pelos colaboradores da Bunge das unidades de Rondonópolis, que farão parte do acervo da biblioteca da escola. O evento acontece das 13h00 às 17h00 e tem público estimado em 150 pessoas.
Sobre a Fundação Bunge
A Fundação Bunge foi criada em 1955 com o objetivo de desenvolver ações de responsabilidade social do grupo Bunge no Brasil. Esse trabalho evoluiu ao longo do tempo para abranger também ações voltadas para a Sustentabilidade. A Fundação Bunge acredita que compartilhar conhecimento, disseminar a inovação e formar pessoas conscientes de que são as responsáveis pelas transformações que desejam é a forma de garantir no presente a construção de uma sociedade sustentável no futuro. As iniciativas da Fundação Bunge dividem-se em três pilares de atuação: Incentivo à Excelência e ao Conhecimento Sustentável (Prêmio Fundação Bunge e Apoio a Estudos e Pesquisas voltados para a Sustentabilidade) ; Socioambiental (Comunidade Educativa, um programa de escola sustentável) e Preservação da Memória (Centro de Memória Bunge).
Fundação Bunge. Alimentar Ideias é Sustentar o Mundo.
CDN Comunicação Corporativa - Paulo Ricardo Ritta / Marisol Morão
(11) 3643 2790 / 3643 2789
Universitários de Brasília e Mato Grosso projetam 5 aviões para SAE AeroDesign
Centro Oeste será representado por 43 estudantes da Federal de Mato Grosso e Universidade de Brasília, dias 20 a 23 de outubro, em SJ dos Campos/SP
Cinco equipes de estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade Paulista (Unip) e Universidade de Brasília (UnB) constroem cinco aviões rádiocontrolados - dois da Classe Micro e três da Regular -, para participar da 13ª Competição SAE BRASIL AeroDesign. Realizada entre os dias 20 e 23 de outubro, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, SP, a competição de engenharia possui 97 equipes inscritas, de 67 instituições de ensino do Brasil, Venezuela e México.
No total, cerca de 1,4 mil participantes, entre estudantes de engenharia, professores orientadores e pilotos, foram desafiados a projetar e construir aviões rádiocontrolados a serem submetidos a avaliações teóricas e práticas, conduzidas por engenheiros da indústria aeronáutica.
BRASÍLIA - Para conseguir boa performance da aeronave durante a prova de voo, a equipe Draco Volans, da UnB, se prepara para longa bateria de testes. “Planejamos realizar voos durante todas as semanas até a data da competição”, conta Pedro de Sousa, capitão da equipe, com 19 integrantes e 24ª colocada em 2010. O avião é um monoplano com empenagens convencionais e fuselagem externa, capaz de carregar um compartimento de carga bem maior que dos anos anteriores, devido ao novo regulamento.
O monoplano da equipe pesa aproximadamente 3 kg e transporta cargas de até 15 kg . Entre os materiais utilizados estão espuma de PVC, madeira balsa, nylon e fita adesiva, pelo baixo custo, leveza, fácil usinagem e acessibilidade. A UnB também será representada, ainda, pela equipe Plano Piloto, da Classe Micro e 9ª colocada em 2010.
MATO GROSSO - A UFMT será representada pelas equipes Pantaero e a Aeroo. Na expectativa de ficar entre as 20 primeiras colocadas, a equipe Aeroo (52ª em 2010) desenvolveu monoplano de asa alta trapezoidal moldada em espuma de PVC, empenagem em H e longarina em madeira balsa e fuselagem inteiriça de fibra de carbono. Utilizamos materiais de fácil construção, resistente e leve, conta a única capitã da região, Bruna Martins, 21 anos e responsável por 12 integrantes. O projeto pesa 4 kg e voa com cargas de até 11 kg , em velocidade máxima de 20m/s.
Formada por 10 estudantes de Engenharia Mecânica, a equipe Pantaero disputa na Classe Micro. O projeto da equipe tem 80 cm de envergadura e 57,6 cm de comprimento. “Optamos por perfil de asa agressivo para garantir que a aeronave seja rápida, leve e estável durante o voo”, explica o capitão Arthur Moraes Videira. O pequeno avião pesa 450 gramas , consegue transportar cargas de 1 kg e atinge velocidade de 23 m/s.
COMPETIÇÃO - As avaliações e a classificação das equipes serão realizadas em duas etapas: Competição de Projeto e Competição de Voo, conforme o regulamento baseado em desafios reais enfrentados pela indústria aeronáutica e disponível no site da SAE BRASIL - http://www.saebrasil.org.br/ . Ao final do evento, duas equipes da Classe Regular, uma Classe Aberta e uma da Classe Micro, que obtiverem melhores pontuações ganham o direito de representar o Brasil na SAE Aerodesign East Competition, em 2012, nos EUA, onde equipes brasileiras acumulam histórico expressivo de participações: cinco primeiros lugares na Classe Regular, quatro na Classe Aberta e um primeiro lugar Classe Micro. A SAE East Competition é realizada pela SAE International, da qual a SAE BRASIL é afiliada.
CATEGORIAS - Os aviões da Classe Regular, são monomotores, com cilindrada padronizada em 10 cc (10 cm3 ou 0,61 in3). O regulamento impõe restrições geométricas, e este ano houve novas delimitações nas dimensões máximas das aeronaves, que devem aparecer na competição com compartimentos de carga maiores. Os projetos da categoria devem ser capazes de decolar em uma distância máxima delimitada, de 50m. Na categoria Classe Aberta, a distância de decolagem também é de 50m e as aeronaves devem ter instrumentos para medir tempo de voo. Os aviões da categoria não têm restrições geométricas ou número de motores instalados, desde que a soma das cilindradas dos motores esteja entre 10,65 cm3 (0.65 in3) e 15,07cm3 (0.92 in3).
A Classe Micro traz a opção de lançamento da aeronave à mão e o avião da categoria não tem restrições geométricas nem ao número de motores, porém a equipe deve ser capaz de transportar a aeronave dentro de uma caixa de 0,125m³. As aeronaves podem usar motores elétricos e devem decolar em até 25m (30m em 2010).
Organizado pela Seção Regional São José dos Campos, da SAE BRASIL, o Projeto AeroDesign é um programa de fins educacionais que tem como principal objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais da engenharia da mobilidade, por meio de aplicações práticas e da competição entre equipes, formadas por estudantes de graduação e pós-graduação (stricto sensu), de Engenharia, Física e Ciências Aeronáuticas.
Vagner Galeote, presidente da SAE BRASIL, ressalta que o projeto SAE BRASIL AeroDesign completa a formação técnica dos futuros engenheiros. É um reforço extracurricular, um estímulo às boas práticas da engenharia requeridas pelo mercado, como o trabalho em equipe, capacidade de liderança e planejamento, habilidade de vender ideias e projetos, além de incentivar o comportamento ético e profissional, afirma.
XIII Competição SAE BRASIL AeroDesign
Total de equipes inscritas = 97 (96 em 2010 / 91 em 2009)
№ estrangeiras = 8 (2 do México e 6 da Venezuela)
№ de equipes brasileiras: 89 (87 em 2010)
№ de instituições de ensino: 67
№ médio de estudantes inscritos: mais de 1,4 mil (1,3 mil em 2010)
№ projetos Classe Micro: 16 (15 em 2010)
№ projetos Classe Regular: 76 (75 em 2010)
№ projetos Classe Aberta: 5
SUL
Paraná - (4 equipes / 3 instituições)
PUC PR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná – equipe Top Gang
UFPR – Universidade Federal do Paraná – equipes Ex-Goose e Fênix Aerodesign
Universidade Positivo – equipe Aurora
Rio Grande do Sul - (8 equipes / 8 instituições)
UCS - Universidade de Caxias do Sul - equipe AeroSul
UFSM - Universidade Federal de Santa Maria - equipe Carancho
URI - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - equipe Aeromissões
Fahor - Faculdade Horizontina - equipe Águia Fahor
Universidade Santa Cruz do Sul – equipe Kamikase
URI - Universidade Regional Integrada (campus Erichim) – equipe Monarcas da Aviação
UPF - Universidade de Passo Fundo - equipe Up Fly
FURG - Universidade Federal do Rio Grande – equipe Aerofurg
Santa Catarina - (5 equipes / 4 instituições)
Univille - Universidade da Região de Joinville - equipe Abaquar
Universidade do Oeste de Santa Catarina - equipe Faeroeste
UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina - equipes Céu Azul e Céu Azul Micro
Udesc - Universidade do Estado de Santa Catarina – equipe Albatroz
SUDESTE
Minas Gerais (14 equipes / 8 instituições)
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais - equipes Uai-Sô-Fly! e Uai-Sô-Fly! Kids
UFOP Universidade Federal de Ouro Preto – equipe 12 BIS
CEFET MG – equipes Aerotrônica e Cefast Aerodesign
UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá – equipe Uirá
UFV – Universidade Federal de Viçosa – equipes Acaua (Florestal) e Skywards
UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora – equipes Mamutes Voadores e Microraptor
Universidade Federal de Uberlândia – equipes Tucano e Tucano Micro
Universidade Federal de São João Del Rei – equipes Trem Ki Voa e Trem Ki Voa Micro
Rio de Janeiro - (6 equipes / 5 instituições)
Cefet – Centro Federal de Educação Tecnológica do RJ - equipe Venturi
UFF– Universidade Federal Fluminense - equipes Ufforce (campus Volta Redonda) e BlackBird Aerodesign
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - equipe Minerva Aerodesign
IME - Instituto Militar de Engenharia - equipe Zéfiro
PUC Rio – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – equipe Aero Rio
São Paulo – (35 equipes / 24 instituições)
Grande São Paulo
UFABC – Universidade Federal do ABC – equipes Harpia e Harpia Pampers 5000
IMT - Instituto Mauá de Tecnologia – equipe Obelix
Faculdade de Engenharia São Paulo – equipe Aero Elétrons
Universidade Presbiteriana Mackenzie – equipe Mechane
Fatec – Faculdade de Tecnologia de SP – equipe Fatecnautas
Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) - equipes FEI Regular e FEI Regular Júnior
Poli USP- Escola Politécnica da USP– equipe Keep Flying
Uninove - Universidade Nove de Julho - equipes Ícaro, Fly Girls e Pegasus
Interior de SP
Unesp - Universidade Estadual Paulista/Ilha Solteira - equipes Zebra
IFSP - Instituto Federal de São Paulo/ campus Salto – equipe Taperá
Unitau - Universidade de Taubaté - equipe FlyTau
UFSCar - Universidade Federal de São Carlos – equipe Dragão Branco
Unicamp - Universidade Estadual de Campinas - equipe Urubus
Unesp – Univ. Est. Paulista/Bauru – equipes FEB Regular, FEB Open e FEB Micro
ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica/São José dos Campos – equipes 100 Limites, Leviatã, Feng
Unesp – Univ. Estadual Paulista/Guaratinguetá - equipes Aerofeg e Aerofeg Jr.
Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo - equipes EESC-USP Bravo, EESC- USP Alpha, EESC-USP Charlie, EESC-USP Mike
ETEP Faculdades – equipe Uiraçu
UNIP - Universidade Paulista/ SJCampos – equipe Pégasus
Facens - Faculdade de Engenharia de Sorocaba – equipe Flying Box
Instituto Federal Educacional de Ciência e Tecnologia de SP/Salto – equipe Tapera Baby
UNIP - Universidade Paulista/Bauru – equipe Agapornes
Fatec - Faculdade de Tecnologia de São José dos Campos – equipe Phoenix
Espírito Santo - (1 equipe / 1 instituição)
UFES - Universidade Federal do Espírito Santo – equipe AVES – Aero Vitória Espírito Santo
CENTRO-OESTE
Distrito Federal - (3 equipes / 2 instituições)
UNIP DF - Universidade Paulista do Distrito Federal – equipe Antonov
UnB – Universidade de Brasília – Universidade de Brasília – equipes Draco Volans Aerodesign e Plano Piloto
Mato Grosso - (2 equipes / 1 instituição)
UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso – equipes Aeroo e Pantaero
NORDESTE
Bahia - (1 equipe / 1 instituição)
UFB - Universidade Federal da Bahia – equipe Axé Fly
Maranhão - (2 equipes / 2 instituições)
Universidade Estadual do Maranhão - equipe Zeus
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do MA – equipe Guará
Paraíba - (2 equipes / 2 instituições)
UFPB - Universidade Federal da Paraíba - equipe Aerojampa
Universidade Federal de Campina Grande – equipe Parahyasas
Pernambuco - (1 equipe / 1 instituição)
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco - equipe Mandacaru
Rio Grande do Norte - (2 equipes / 1 instituição)
UFRN - Univ. Federal do Rio Grande do Norte - equipes Car-Kará Open e Car-Kará Micro
NORTE
Pará - (3 equipes / 1 instituição)
UFPA - Universidade Federal do Pará - equipes Iaçá, Uirapuru e Águia de Marabá
ESTRANGEIRAS
México (2 equipes / 2 instituições)
Instituto Politécnico Nacional (Cidade do México) - equipes Kukulcan
Instituto Politécnico Nacional (Silão) - equipes Aeroupiig-Gto
Venezuela (6 equipes / 2 instituições)
UNEFA - Universidad Nac. Exp. Politécnica de la Fuerza Armada (Caracas) – equipes Grupo IDEA
e Guia-X
UNEFA - Universidad Nac. Exp. Politécnica de la Fuerza Armada (Maracay) – equipes FADAV, Unefa 1, Unefa 2 e Tepuy-Micro
Programação:
Dia 20 – das 8h30 às 17h – solenidade de abertura, showroom dos projetos no Prédio de Eletrônica e Computação do ITA e apresentações orais das equipes nas salas do Prédio da Divisão Aeronáutica do ITA.
De 21 a 23 - das 7h às 18h – Competição de Voo, na Pista de Táxi do Aeroporto do DCTA – aberta ao público.
Mais informações à imprensa:
Maria do Socorro Diogo - msdiogo@companhiadeimprensa.com.br
Juliana Santos - juliana@companhiadeimprensa.com.br
Telefones (11) 4435-0000 – 7204-1921
Arte mineral de Macaúbas
A AAMM - Associação dos Artesãos Minerais de Macaúbas conseguiu ao longo dos seus anos de trabalho, um status respeitado no meio artístico regional graças à produção de esculturas que estão presentes em exposições por diversas partes do mundo. Mas por conta dos inúmeros problemas enfrentados, como a cara manutenção das peças, a dificuldade no repasse do rejeito do mineral extraído no município, entre outras, a associação está planejando buscar o apoio da sociedade para que, desta forma, ainda possa prosseguir com os seus trabalhos.
Fundada em 1996 com o apoio da Fundação Cultural Prof Mota, a AAMM tem peças expostas no Museu de Geologia do Estado da Bahia, na CBPM - Companhia Bahiana de Pesquisa Mineral, na LEGEP Minerações, além de peças que hoje estão em países como, Holanda, Alemanha, Japão e Romênia.
Apesar da AAMM ser reconhecida como uma associação de utilidade pública municipal e estadual, a instituição não recebe qualquer subsídio do governo para arcar com suas despesas. Segundo Robério Defensor, atual vice-presidente da AAMM, o foco inicial é conseguir recursos para: Realizar uma restauração interna e externa no galpão onde são confeccionadas as peças; conserto dos equipamentos danificados no uso prolongado; compra de matéria prima para execução de novos trabalho e, finalmente, a confecção de camisetas com a logomarca da associação para os artesãos.
Os artesãos reclamam da falta de regularidade no repasse do rejeito da pedra, dispensado durante o processo da extração. A associação - que ao esculpir suas peças, está também reciclando o material, chega a paralisar seu trabalho por falta da materia prima.Mesmo quando repassado, chega ao local em pequena quantidade e acaba sendo insuficiente para atender a demanda.
A idéia da AAMM é fazer um levantamento de preços para sanar os problemas diagnosticados e após isto, firmar uma parceria com o comércio local, fornecendo uma quantidade de pequenas peças aos parceiros, que poderiam utilizá-las como brindes. Caso a ação da AAMM não surta efeito, a associação corre o risco de fechar suas portas.
AAMM - Associação dos Artesãos Minerais de Macaúbas
Av. Prof. Ático Villas Boas da Mota, 21 - Macaúbas / BA Fone: (77) 9976-1772 ou 8813-48711 com Robério Defensor
Na Ponta da Língua: Artes dos Povos Que Falam Português
Passados mais de 500 anos, os mais de 200 milhões de lusófonos formam um dos maiores grupos linguísticos do planeta, não havendo entretanto uma correspondência de trocas culturais e económicas que faça jus à dimensão numérica e à riqueza simbólica produzida por esses povos. Parece natural que tantas manifestações de interesse e apoio surjam e se irmanem aos objectivos do “Na Ponta da Língua”, como se essa necessidade pulsasse dentro de cada um de nós, apontando para a certeza da descoberta de um novo caminho para a integração e o desenvolvimento mútuo, lastreados por um profundo respeito à diversidade e à identidade dos povos lusófonos.
Passados mais de 500 anos, os mais de 200 milhões de lusófonos formam um dos maiores grupos linguísticos do planeta, não havendo entretanto uma correspondência de trocas culturais e económicas que faça jus à dimensão numérica e à riqueza simbólica produzida por esses povos. Parece natural que tantas manifestações de interesse e apoio surjam e se irmanem aos objectivos do “Na Ponta da Língua”, como se essa necessidade pulsasse dentro de cada um de nós, apontando para a certeza da descoberta de um novo caminho para a integração e o desenvolvimento mútuo, lastreados por um profundo respeito à diversidade e à identidade dos povos lusófonos.
Musica Aeterna750 anos do nascimento de D. DinisAntónio Branco Almeida |
Nove dias andados do mês de Outubro de 1261: os 750 anos do nascimento de D. Dinis, o qual, para além de admirado pela perfeição técnica e pela imaginação literária, ficou para a História como o grande responsável por um longo período de paz e de prosperidade tardo-medieval. A transmissão de poesia alusiva de Luís de Camões, Dante Alighieri e Fernando Pessoa, de uma citação de Franco Sacchettie de repertório de Afonso X, “o Sábio”, Frei Manuel Cardoso, Arnaut Daniel, Duarte Lobo, Martin Codax e autores anónimos da província de Aragão, quase todos contemporâneos do também incluído monarca na Ibéria e na Península Itálica dos séculos XIII e XIV. João Chambers.
8 de Outubro de 2011 | v=CIQIFZksV9U&w=560&h=315
29 de Agosto de 2011 -
Reitor Paulo Speller fala sobre desafios da UNILAB
Reitor da UNILAB Paulo Speller
De desafios e otimismo vive o reitor da Unilab, Paulo Speller. Na agenda, debates importantes para os rumos da educação do País. Leia a seguir a íntegra da entrevista publicada nesta segunda-feira (29/08) no jornal O Povo.
Ele se diz otimista. E é. Aos 19 anos foi preso por sua atuação no movimento estudantil. Precisou sair do País para proteger sua liberdade, sua vida. Exilado no México, foi reconstruindo a vida, sem muita feijoada nem samba. De lá partiu para uma missão em Moçambique, quando as colônias africanas acabavam de se tornar independentes: montar sozinho um programa de formação de agentes de saúde. Seiscentos foram capacitados.
Em 2008, o psicólogo mineiro assumiu a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em solo cearense. Até 2015, o reitor, hoje com 64 anos, quer ver montada a estrutura de uma universidade em tempo integral para cinco mil alunos. E Paulo Speller deve conseguir. Para além do otimismo, o trabalho já começou.
O POVO - O senhor nasceu em Monlevade (MG), uma cidade com bons indicadores na área de educação. Como foi a sua infância?
Paulo Speller - Na época não era município ainda, mas distrito de João Molevade. Era um agrupamento típico das empresas de mineração em Minas, no Vale do Aço. As casas, o sistema de comunicação, as escolas, os clubes. tudo era construído e mantido pela empresa. O meu pai veio de Luxemburgo como um técnico contratado pela empresa luxemburguesa de mineração. A minha educação se deu ali, no sistema público, que era apoiado pela companhia e eu fiz os meus estudos no Grupo Escolar, como se chamava na época. Uma escola primária de excelente qualidade, com as professoras normalistas, mas eram pouquíssimas e o acesso muito restrito.
E pelos estudos o senhor depois foi a Belo Horizonte?
Quando chegou o momento de eu ir para a escola secundária, minha mãe falou: “Agora nós vamos para Belo Horizonte, porque aqui não tem (escola)”. E foi a família toda, meu pai conseguiu a transferência. Tinha 12 anos e fui para o colégio Loyola, correspondente ao Santo Inácio daqui. Em casa, alguns foram para a escola pública, outros foram para a escola privada religiosa. Houve uma valorização da educação muito forte.
E sua ida a Brasília?
Brasília foi uma experiência absolutamente inovadora na educação superior brasileira, que se iniciou na década de 60. E por alguma razão aquilo me chamou atenção. Fiz o vestibular em Belo Horizonte , passei em dois, mas a universidade tinha sido fechada um pouco depois do golpe, em 65. Foi reaberta em 66. Vi a notícia no jornal e decidi ir para Brasília. Meu pai me deu todo o apoio, fiz o vestibular e passei.
Nesse momento começou seu envolvimento com o movimento estudantil?
Uma experiência muito marcante. Todo o tempo de UnB eu morei dentro do campus. Vi como é importante você participar da vida da universidade. E, claro, acabei me envolvendo com o movimento estudantil também. Foi muito intenso, anos 60. O que culmina com 68, quando vem a repressão mais forte e interrompi os estudos em outubro de 68, quando fui detido no trigésimo congresso da UNE em Ibiúna, São Paulo. Eu e mais 700! Não fui sozinho. (risos) Fomos detidos e houve uma triagem. Ficamos dois de Brasília, eu e outro colega, Lenine. Permanecemos presos. Seríamos soltos no dia 13 de dezembro de 1968. Depois de dois meses a legislação permitia uma prisão preventiva e nós fomos presos em outubro. Até recebemos a visita do advogado no dia anterior: “Amanhã vocês vão ser soltos. Estou com o habeas corpus, venho buscá-los”. E naquele dia à noite foi editado o Ato Institucional 5. E o Congresso é fechado. Todas as liberdades individuais são suspensas, inclusive a nossa. A partir dali veio a incerteza. Não sabíamos o que iria acontecer e ficamos presos. Eu fiquei preso por mais um ano depois disso. Fui condenado a um ano e meio, o advogado recorreu, etc, enfim, acabei sendo solto.
O que mais lhe marcou?
É uma coisa muito contraditória. Quando você tem 19 anos de idade a vida inteira está pela frente. Você não tem a dimensão, sempre acha que vai ser solto amanhã. E eu sou por natureza muito otimista. Claro, houve momento em que você sente o peso. Não é fácil acordar todos os dias e ver grades na sua frente. Mas o momento mais duro foi quando fomos transferidos de Brasília para São Paulo e ficamos na sede da Operação Bumerangue, em fevereiro de 1969. Era a sede da tortura. Ali passamos uma semana sem dormir.
O senhor chegou a ser torturado?
Recebemos ameaças, éramos retirados da cela. Era um conjunto de celas com um corredor central e no final você tinha o centro de tortura. Víamos as pessoas sendo retiradas das celas e ouvia as pessoas gritando. Víamos as pessoas retornando. Eu não fui torturado. Nos retiravam da cela no meio da madrugada. “Agora vai você”. De fato, era o papel deles. Criar o clima. Quando eu cheguei fui colocado numa cela com um operário todo machucado. Eu, ingênuo, chegando ali, ele começou a me relatar as torturas. Eu pensei que ele estivesse brincando. Depois, à noite, começou... Pois geralmente eles torturam à noite. Foi um período longo, mas rico também.
Mas hoje algum tipo de lembrança da época lhe angustia?
Isso eu superei. Quando você sai da prisão sim. Você anda o tempo todo olhando para trás, acha que vai ser preso de novo, sonha com prisão. Era um período de terror que nós vivíamos aqui. Foi o período do governo Médici, o mais repressivo, mais violento. Realmente era um período de muita incerteza. Então, naquele momento sim, mas hoje acho que já superei.
E o senhor chegou a ser exilado...
Saí em dezembro e fui para Brasília. Queria voltar a estudar mas minha matrícula foi negada. Falei com o vice-reitor e ele disse claramente que meu nome estava em uma lista de estudantes que não iriam voltar para a universidade. Ele sugeriu uma universidade fora do País e até facilitou, mesmo sem poder, a guia de transferência. E comecei a me movimentar, pois meus ex-colegas já estavam fazendo mestrado e um grupo deles foi para o México. Tinha amigos no Chile e no México. E felizmente esse grupo do México conseguiu uma vaga para eu continuar meus estudos por lá. Um dia me encontrei com o advogado e o Rui falou assim: “Paulo, está na hora de você sair do Brasil imediatamente, pois você vai ser preso novamente. Aqueles processos estão sendo retomados e se você for preso agora você não sai mais”. Eu agilizei. Era o período da Copa do Mundo de 70. Meu pai me colocou numa excursão para a Copa, que foi no México. E dito e feito. Quem foi preso naquela época ficou dez anos, até a anistia. E pelo julgamento que eu tive, teria ficado até 79 como vários dos meus amigos e companheiros da época ficaram. O movimento estudantil era muito mobilizado.
Hoje ele é mais fraco?
Primeiro temos que ver que a educação superior era muito mais restrita, elitizada. Não tinha essa grande quantidade de faculdades. Tinha um processo seletivo muito grande e eram pessoas muito bem preparadas. E a direção do movimento estudantil se caracterizava por trazer aqueles mais bem preparados. Os destaques da universidade eram integrantes do movimento estudantil. Era o caso do nosso presidente da Feub, o Honestino (Guimarães). Um cara jovem, inteligentíssimo, que entrou no curso de Geologia com 17 anos. Todo o meu envolvimento vai se dar no momento em que Honestino é preso e por circunstâncias em que outros membros da diretoria não podiam assumir, eu fui presidente da Feub no período mais conturbado. Na prática, fui responsabilizado por várias ações do movimento estudantil na fase final do AI-5 e antes do congresso da UNE. Era um movimento com presença maciça dos estudantes, assembleias lotadas.
E por que não é assim hoje? Falta interesse das pessoas?
Hoje você tem um processo de massificação do ensino superior com a presença do estudante trabalhador, dos cursos noturnos. Uma presença maior de jovens que não são da classe média. É uma outra dimensão de preocupação que ele vai ter. Isso se reflete no nível de participação que é muito menor. A partir de um universo que é muito maior. Eu me lembro na UnB, as assembleias, se você não chegasse cedo no auditório o problema não era sentar, você não entrava. E o pessoal ficava até o final.
Mas essa mudança é ruim para o País?
Acho difícil fazer avaliação se é bom, se é ruim. Há um processo de crescimento. Temos mobilizações importantes em momentos cruciais: as Diretas Já, a saída do Collor. Mas são momentos muito episódicos, bem pontuais e bem distantes uns dos outros. Essa mobilização mais permanente, mais ativa, você tinha naquela época também pela ausência de atuação de outros atores políticos. A força mais independente era o jovem porque ele achava que não tinha nada a perder. Mas de fato tínhamos. Podíamos ser presos ou perder a vida como o Honestino perdeu. Hoje você tem um processo de consolidação das instituições democráticas com todos os problemas inerentes nesse meio e naquela época não tinha. A própria imprensa era muito censurada.
O senhor chegou a formar família durante os 10 anos que esteve no Exterior...
Sim, eu me casei e tivemos dois filhos. Ela era minha namorada brasileira e ficou aqui, mas deu tempo de deixar uma procuração para o meu irmão se casar com ela. (risos) O pai dela disse que ela só saia do Brasil casada. Então, deixei a procuração para fazer o casamento civil, me casei e fiquei sabendo depois por telegrama. (muitos risos). “Já estamos casados”. Então, fui para uma churrascaria com os amigos no México. Depois ela veio. Estamos juntos até hoje. São 41 anos e dois filhos.
Fora do Brasil, de alguma forma o senhor aproveitou para tratar das questões locais?
Você tem, grosso modo, duas categorias de exilados. Tem aquele que entra na fossa e fica ouvindo samba, fazendo feijoada, tomando caipirinha, lendo a revista “Veja”. Esses ficam no Brasil, literalmente. E tem o outro extremo que vai viver as coisas. Eu procurei um certo equilíbrio. Primeiro terminei minha graduação em Psicologia, depois fiz o mestrado e fui trabalhar. No final, já era professor de carreira na melhor universidade do país, da América Latina, a Unam, Universidade Nacional Autônoma do México. Lá na Unam no sétimo ano você tem um ano sabático para se aperfeiçoar, viver outras experiências. Uma coisa que nós perdemos aqui no Brasil. Eu fui para Moçambique como voluntário. As colônias africanas acabavam de se tornar independentes. Tive a felicidade de coordenar um dos projetos mais fascinantes que já conheci, a formação dos agentes de saúde nas aldeias comunais. O diretor da área de formação de quadros no Ministério da Saúde falou: “Você vai ser o coordenador do projeto. Nós já temos financiamento das Nações Unidas”. Pensei: bom, eu sou uma pessoa muito importante. Ele falou: “Só tem você no projeto”. (risos) “Você vai montar a equipe”.
E como foi o processo?
Acabei ficando mais tempo. Quando terminamos deixamos 600 agentes em todo o país com seis centros e equipes de apoio e de formação. Foi um trabalho lindíssimo. Eu iria ficar ainda seis meses, foi quando saiu a anistia no Brasil. Dá uma balançada geral. Eu já estava há mais de nove anos no exílio, vivendo minha vida com a minha família e de repente vi que poderia voltar. Como eu iria me sentir no Brasil? Em fevereiro de 80 pus os pés aqui e em uma semana tive a certeza de que meu lugar era o Brasil. O pessoal achava que eu estava louco. Abandonar tudo e vir para o Brasil sem nada, sem emprego. Nada, nada, nada. Foi a construção de uma outra vida profissional. Depois fui convidado para ser professor visitante da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Foi o capítulo da volta ao Brasil.
Sua trajetória é muito ligada à educação superior. Que avanços o senhor percebe?
Novas universidades mostram a intenção de interiorização do ensino superior, principalmente Norte e Nordeste. Há um processo de transformação num país em que a educação superior era e ainda é muito atrasada.
O senhor está falando de oferta de vagas?
De produção científica, de matrícula. Um acesso importante à pós-graduação, na formação de nível superior. Nós estamos com uma crise política na formação de engenheiros. A Petrobras está dizendo que não tem como avançar, a indústria está dizendo a mesma coisa. Há problemas na formação de professores, uma carência enorme de bons profissionais no ensino médio.
A que o senhor atribui esses entraves?
Tem toda uma problemática de política da educação básica. Falta uma efetiva valorização do professor, tornar esta uma carreira atraente. Em outros países, o jovem quase briga a tapa para ser professor, e aqui você tem o processo inverso. A última opção é ser professor.
O senhor vê perspectiva de modificação desse quadro?
Há encaminhamentos importantes, mas acho que falta criar um sistema nacional de educação básica. Há uma parcela de responsabilidade muito grande do Governo Federal. Os estados e municípios têm avançado, é verdade, mas de forma muito lenta na melhoria da educação básica. E aí, mais uma vez, comparativamente com outros países nós estamos muito atrasados. Se você quer formar bons professores, bons engenheiros, qualquer profissional, e não tem uma boa formação de base, não vai avançar.
O governo Dilma lançou o programa Brasil Sem Miséria. Qual o senhor avalia ser o papel da universidade nesse desafio?
Ela tem um papel importante na extensão das atividades de pesquisa, de ensino, de novos conhecimentos para apontar caminhos. Não podemos é confundir a universidade com o poder público, responsabilizá-la pela solução dos problemas.
Como se deu sua aproximação com o Nordeste especificamente?
Quando estava terminando meu segundo mandato como reitor da UFMT foi lançada a ideia da Unilab. Justamente em julho de 2008 pelo presidente Lula em Lisboa. O ministro me convidou. Foi uma coisa meio irrecusável. Era para ser uma coisa muito mais perto. Pensava-se um ano para tramitação.
Aconteceu aquela disputa entre Ceará e Bahia.
A Bahia queria levar a Unilab para lá. Isso atrasou muito a tramitação.
E qual é seu maior desafio à frente da Unilab?
É deixar essa estrutura. Estamos finalizando o plano diretor do campus maior, o das Auroras. Queremos em 2012 construir a primeira etapa, em 2013 a segunda e até 2015 gostaria que essa universidade estivesse pronta. É uma estrutura que se diferencia das outras universidades e tem raízes inclusive na minha experiência na UnB, uma universidade residencial. Na Unilab todos os cinco mil estudantes terão direito à moradia, numa proposta de universidade em tempo integral. E eu gostaria de ver esse projeto concluído. Não necessariamente comigo, mas, enfim, que a universidade realmente seja consolidada nessa direção.
Pergunta do Leitor - Socorro Acioli, jornalista e escritora
Existe algum projeto de incluir um curso voltado à literatura, já que os autores africanos como Agualusa, Mia Couto e Ondjaki têm um número considerável de leitores no Brasil e a literatura é uma das maiores forças na integração dos povos?
Sem dúvida! Estamos criando agora o primeiro curso de especialização justamente em estudos africanos e indígenas, onde essa questão está contemplada. É o primeiro passo na criação da pós-graduação. No próximo ano teremos o curso de Letras. Podemos trazer para cá a experiência do Museu da Língua Portuguesa e os grandes autores, quem sabe como professores visitantes.
Campus da Unilab
A sede da Unilab em Redenção, no Maciço de Baturité, recebeu o nome de Campus da Liberdade, em referência à história do município, pioneiro na abolição da escravatura, em 1883. Cedido pela Prefeitura de Redenção, o local abrigou, em meados de maio de 1948, o patronato de religiosas de Redenção, depois transformado em colégio. Mais tarde serviu como sede da Prefeitura. Em área cedida pelo Governo do Estado será construído o Campus das Auroras, com 135 hectares , bem na entrada do Maciço, entre as cidades de Acarape e Redenção.
Bastidores
Membro do conselho e presidindo a Câmara de Educação Superior, Speller conta que existe intenção do governo de estabelecer um programa de expansão para os Estados que têm carência de médicos. “O Ceará com certeza é um deles. Haveria mudanças, no sentido, por exemplo, de dotar as universidades públicas de condições para a oferta de cursos de Medicina e de residências médicas com bons hospitais, boas estruturas, para que os profissionais tenham interesse em ir para o Interior”.
Sobre os serviços social obrigatório, Speller lembra que a discussão depende de legislação própria. “Quando conclui o curso de Psicologia no México fiz um ano de serviço social obrigatório em uma clínica psicológica. Onde você recebe uma bolsa e é um pouco o modelo do serviço militar obrigatório. Eventualmente poderia ser, mas é o mais polêmico de todos”.
Para Speller, a expansão do ensino superior depende muito da melhoria da educação básica. “A Constituição Federal fala de um regime de colaboração entre estados, municípios e o Distrito Federal. Mas ninguém até hoje destrinchou isso”, critica o reitor.
A Unilab acabou sendo disputada pela Bahia. “A decisão do presidente era pelo Ceará e isso foi discutido com o governador Cid. Já havia a ideia de colocar em Redenção mesmo, mas teve uma batalha política no Congresso”. No final, houve um compromisso com o MEC de criar um campus da universidade na Bahia. “Mas a prioridade maior neste momento e onde nós estamos concentrados é na consolidação do projeto inicial aqui no Ceará, em Redenção, no Maciço de Baturité”, conta Speller.
Perfil
Mestre em Psicologia e doutor em Ciências Políticas , Paulo Speller está sempre disposto a novos desafios. Ainda jovem saiu de sua cidade natal, João Monlevade (MG), passou por Belo Horizonte e, já na idade de ingressar no ensino superior, foi estudar na Universidade de Brasília (UnB). Atuou nos movimentos estudantis da época, o que gerou sua saída do Brasil. Ficou exilado no México onde concluiu parte de seus estudos e casou-se por procuração com uma brasileira. Depois de aproximadamente dez anos, voltou ao Brasil, já com dois filhos nascidos no México. Atuou como reitor por dois mandatos seguidos, entre 2000 a 2008, na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMT). Antes disso foi assessor de Relações Internacionais (1989 a 1992) e diretor do Instituto de Educação (1992 a 1997), também da UFMT. No período em que foi reitor, também presidiu a direção da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior. Speller presidiu a Comissão de implantação da Unilab desde 2009, que resultou na sua criação em 20 de julho de 2010. Foi nomeado, então, reitor pro tempore, da instituição.
AMILCAR LUIZ DE MENEZES
O que será isso aí acima? Terá sido fotografado por um fanático por espionagem espacial, abduções e filmes sobre os OVNI´s?
Parece um foguete, mas se observarmos bem, sua propulsão está para cima. Indicaria talvez que os ET´s ficam no andar de baixo, no centro da terra?
Deixemos de besteiras, que são privilégios de políticos inescrupulosos e capitalistas selvagens. Não se assustem ao iniciar a leitura deste texto, pois não sou “marinista ortodoxo” (uma redundância, aliás), nem comunista radical (outra redundância).
Isto é um “moderno” forno para a fabricação de carvão vegetal, desenvolvido em processo científico pelos reis da exploração racional de seus discípulos ou escravos: Sim! Os ingleses.
Através de um instituto (o TPI – Tropical Products Institute) em que reuniram as melhores cabeças científicas e econômicas do British Empire, eles desenvolveram tecnologias e produtos para a correta exploração de países e seus produtos, nos trópicos. Moderno, aí acima, é uma ironia: foi desenvolvido em 1930.
Evidentemente você está se perguntando: por que eu nunca vi isso aqui na minha região, nem de onde eu vim? Por que eu só vejo o forno chamado “rabo quente”?
Pelo mesmo motivo que esse aí de cima foi inventado, só que por 5 brasileiros: dar mais lucro na exploração de coisas, de pessoas ou de coisas e pessoas ao mesmo tempo.
Como o carvão vegetal é um combustível de terceira linha (primeiro eletricidade vinda de hidrelétricas ou usinas atômicas, depois fluidos carburantes, geralmente de cadeias carbônicas como petróleo e etanol), usam-no em terras tupiniquins, majoritariamente para fins siderúrgicos na confecção de um subproduto barato da aciaria, o ferro gusa, ele não sofre altas significativas de preços. Não sofria.
Agora a cadeia de origem (madeira farta e grátis de desmate ilegal) que tem seu custo social para produzir ferro-gusa pode inviabilizar uma exportação de aço, no qual se incluiu o ferro-gusa e o carvão vegetal politicamente incorreto, por tabela.
Agora, produzir carvão em fornos de tijolos: que são lentos (9 dias cada queimada) com baixa produção (50%); qualidade ridícula (45% de carbono fixo); “queimando” os funcionários junto com a lenha (idade máxima de 46 anos); utilizando crianças em lugar insalubre for5nos fixos ao solo, o que obriga ao transporte da lenha dentro da fazenda e demolição dos fornos na troca de praças de operação;
Ou em fornos de aço:
Rápida: 48 horas cada queimada (completa); alta produção: 65% na relação madeira/carvão; qualidade excelente: 85% de carbono fixo; sem sacrifício desumano dos operadores; criança não consegue operar e se for colocada pelos pais para carregar o carvão, esse já terá dispersado no ar os gases e a alta temperatura; São transportáveis, o que economiza o transporte da lenha, queimada onde se encontra; basta um caminhão pequeno;
Economia na demolição e reconstrução de fornos;
São decisões econômicas que já deveriam ter sido tomadas e que o errático “politicamente correto” pode vir a acelerar, juntamente com a estabilização da economia.
Abaixo, uma imagem sem qualquer dúvida: a exploração desumana dos fornos de tijolo, perpetrada contra crianças, por pais que precisam dessa mão de obra, por empresários siderúrgicos inescrupulosos que poderiam fazer fornos de aço a preço convidativo e por homens públicos, que apesar de cercados de poderes e leis, só funcionam se tiver uma participação em seu benefício (dinheiro ou projeção).
Natural de Porto Alegre – RS, nasceu em 12 de Janeiro de 1952. Separado, com 3 filhos do casamento. Graduou-se pela Universidade Federal de Mato Grosso - Faculdade de Direito; pós graduado pela mesma faculdade em Economia - Especialização em Elaboração e Análise de Projetos Ambientais e Industriais. Jornalista profissional - De 1977 a 1980 Sócio Administrador da empresa JM Estúdio S/C Ltda, especializada em Publicidade e abertura de novos mercados.
Sócio, Editor, Redator e Diretor Administrativo, Diretor de Marketing da Editora Florestal, de 1979 a 1988, atuando na edição do Jornal Florestal, de circulação nacional e internacional com foco no setor florestal. Textos diversos publicados em periódicos e entrevistas. Jornais: Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo (Suplemento Agrícola), Gazeta Mercantil, Diário de Cuiabá, A Gazeta, Folha do Estado, A Crítica. (artigos) – Revistas: Construção, Raízes, Visão (entrevistas).
Amílcar Menezes
menezes.amilcar@gmail.com